quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

As Crônicas de Bane – Cassandra Clare

imageAs Crônicas de Bane reúne contos de um dos personagens mais famosos do universo criado por Cassandra Clare, autora da série “Os Instrumentos Mortais” e do spin-off “As Peças Infernais”. O livro foi escrito em parceria com mais duas autoras: Sarah Rees Brennan e Maureen Johnson, e explora os anos e os acontecimentos aleatórios na vida de Magnus Bane – desde sua vida no Peru, em 1791, até o seu relacionamento com Alec, nos dias atuais. Imprescindível dizer que os contos seguem a trajetória das duas séries citadas acima – portanto, o livro contém spoilers destas histórias.

Magnus Bane é dotado de características divertidas e encantadoras – quiçá charmosas, uma vez que o feiticeiro possui a postura e a aparência de classe e de elegância de acordo com o seu próprio senso de moda. É justamente seu modo peculiar de viver e de ver as coisas, ou as situações mais diversas – e únicas, devo acrescentar – na qual qual se encontra, que “As Crônicas de Bane” se torna um deleite para qualquer um que aprecie o humor sutil e refinado, ainda que, algumas vezes, o contexto não seja propício a isso, como em contos onde o drama é mais acentuado. Magnus é, de longe, a figura de um homem com a alma de um rapaz vivendo e experimentando as mais diversas peripécias.

Suas “grandes aventuras”, descritas sempre com entusiasmo pelo próprio personagem, inclui salvar Maria Antonieta, enfrentar um bando de vampiros vingativos, se embebedar sempre que possível, flertar com homens e mulheres de qualquer espécie, rever antigos amigos e assim por diante. A lista é longa, e o ritmo, muitas vezes, acelerado. Os contos são interligados, já que descrevem sua trajetória de vida e quase sempre citam um ou outro fato do conto anterior. Aliás, “As Crônicas de Bane” é o momento que muitos leitores esperavam para rever antigos personagens do universo criado por Cassandra Clare, como Will e Tessa, por exemplo, que encantaram muitos – e eu faço parte deste coro –, pela sua história em “As Peças Infernais”. Os melhores contos certamente foram aqueles em que personagens já familiares aparecem na história.

O senso de ajudar o próximo, seu lado gentil e o seu carisma fazem de Magnus Bane uma figura introvertida e muito envolvente. A leitura é obrigatória para conhecermos mais a respeito de um personagem que roubava as cenas sempre que aparecia nos volumes anteriores. Não tardou muito, e um dos feiticeiros mais “sem noção” e, de certo modo, “fofo”, recebeu o seu próprio livro – livro este mais do que merecido. Fecho este ano literário de 2014 da melhor forma possível, sem dúvida.

2 comentários:

  1. Oi! Estou fazendo um teste para personalizar a caixa de comentários!

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